Entrevista à Banda da Associação Filármonica da Nazaré.

O nosso blog tauromáquico "Quiebros e Chicuelinas" em parceria com o Jornal Região da Nazaré, falou com elementos pertencentes à Banda da Associação Filarmónica da Nazaré, uma das melhores bandas nacionais no que diz respeito à tauromaquia e não só.

Reportagem:Joaquim José Paparrola (foto) / Bruno Paparrola
Região da Nazaré /Quiebros e Chicuelinas -Há quanto tempo existe a Banda da Associação Filarmónica da Nazaré?

Elisia Soares – Existe há seis anos desde 2006, nós (a nova direcção) ficámos à frente da Associação Filarmónica da Nazaré desde Janeiro deste ano, no qual a mesma é composta por mim (Elisia Soares), Isabel Martins como vice-presidente, Felisbela Lucas como tesoureira, Álvaro Soares como 1ºsecretário e José António como segundo secretário.
Desde que ficámos à frente dos destinos da banda temos na minha opinião efectuado um excelente trabalho. No dia 21 de Abril de 2012, realizámos um concerto tauromáquico no Teatro Chaby Pinheiro, temos actuado nalgumas procissões que se realizam na Nazaré, agora estamos na nossa época forte que são as corridas de toiros.
Desde o dia 8 de Julho que nos estreámos na Praça de Toiros de Póvoa de Varzim, tem sido só actuações em quase todos os fins-de-semana quer seja na Nazaré, Póvoa de Varzim e Abiul. No próximo dia 15 de Setembro iremos actuar na Monumental Praça de Toiros Celestino Graça em Santarém, dia 27 de Setembro na Monumental Praça de Toiros do Campo Pequeno e penso que será aí o final desta nossa temporada em termos tauromáquicos, mas ainda não sabemos visto que podemos actuar nas corridas de toiros que estarão inseridas na Festas do Colete Encarnado em Vila Franca de Xira em Outubro.

R.N./Q.C. – Quantos elementos compõem actualmente a Banda da Associação Filármonica da Nazaré?

E.S. – Cerca de 37 a 40 elementos neste momento a tocarem, o mais pequeno elemento da banda tem 7 anos de idade e o mais velho tem 74 anos de idade.

R.N./Q.C- Quais as maiores dificuldades que se tem a gerir uma banda de música?
E.S. – Algumas dificuldades que se tem por vezes é chegar aos pais dos músicos, porque não é um trabalho fácil, esta direcção tem mais facilidade de chegar aos músicos do que propriamente aos pais dos músicos, porque os pais dos músicos pensam que as coisas são muito facilitadas aquilo que não é. Antigamente era do tipo “amanhã venham cá tocar”, agora as coisas têm que ser trabalhas com algum tempo de antecedência e tudo com contratos, uma salvaguarda tanto para a Associação Filarmónica da Nazaré como para a empresa ao qual nós prestamos serviço.
R.N./Q.C. – Qual o orçamento da banda actualmente?

E.S.- Difere de serviço para serviço, por exemplo o serviço de hoje (concerto dado no passado dia 16 de Agosto na Praça Dr. Manuel Arriaga) foi gratuito, mas ronda sempre entre os 300 a 700 euros, tudo depende da onde vamos actuar.

R.N/Q.C. – As instalações da banda são mais as mais adequadas ou necessitam de outro espaço?

E.S. – Actualmente não temos as condições que nós queríamos, mas de certa maneira conseguimos remediar. Trocámos de espaço à relativamente pouco tempo há cerca de 4 meses, estávamos numas instalações num período de Inverno e era muito difícil ensaiar nesse espaço visto que quando chovia, chovia dentro das instalações, neste momento a nossa sede está sedeada nas escolas primárias do Sitio da Nazaré, onde as aulas são dadas numa sala de aula.
Ás vezes torna-se um bocadinho difícil quando temos os 37 elementos da banda a tocarem ao mesmo tempo, visto que o espaço é relativamente pequeno para tantos músicos.

De seguida o Região da Nazaré/Quiebros e Chicuelinas,  falou com o Maestro da Banda Filarmónica.

Região da Nazaré /Quiebros e Chicuelinas – Á quantos anos é Maestro?

José Maria Pequicho - Eles chamam-me maestro mas eu não sou maestro (risos), comecei a ensinar música aos miúdos à cerca de 19 anos, foi em Coimbra onde tive três meses internado, o médico que me estava a acompanhar sabia que eu era músico e conhecia-me, e incentivou-me a ensinar música aos mais novos. Em 1996 foi oficializada uma banda que era a da Associação Recreativa do Planalto, formei músicos que agora estão por todo o lado, sempre tive tendência para ensinar porque gosto muito de ensinar os mais novos até já tinha saído da banda há cerca de três anos, já me tinha esquecido dela, já não queria mais banda, um pouco também por problemas de saúde de ordem familiar.
Até que vieram falar comigo, a mesma contava com cerca de meia dúzia de músicos, agora já aparecem quase quarenta aos ensaios, houve alguns que voltaram à banda devido à simpatia mútua entre mim e alguns músicos. Quero que daqui a cerca de um ou dois anos esta banda volte a ter estatuto de outros tempos.

R.N./Q.C. – O que sente ao ensinar os mais novos?

J.M.P.- Esqueço-me de tudo, até de pagar a renda da casa (risos), dá me muito entusiasmo ensinar os miúdos e quando vejo que eles estão a interiorizar aquilo que lhes ensino fico muito contente.

R.N./Q.C. – Como classifica actualmente o estatuto da banda?

J.M.P.- A banda no que diz respeito à tauromaquia tenho ouvido que tem estado num bom momento, até em Abril último realizámos no Teatro Chaby Pinheiro um concerto tauromáquico, e devido a este evento e à excelente prestação da banda creio que está numa boa evolução. O nível da banda neste momento creio que é médio/baixo, mas estou convencido de que para o ano que vem se continuarem a trabalharem da mesma maneira como estão a trabalhar neste momento, e continuarem a aparecerem aos ensaios como agora que aparecem cerca 20 ou 30 elementos, logo aí dá para trabalhar mais e vai ganhar o estatuto de outras alturas.

A Composição actual da banda da Associação Filarmónica da Nazaré é a seguinte: Flauta: Diana Isabel e Soraia. Clarinete: Daniel Marques, Afonso Santos, Celina Moreira, Moisés Martins, Tatiana Almeida, Sendhy Adriana, Nair Agualusa e Samantha. Saxofone Alto: Daniel Vinagre, Isabel Martins, Manuel Carvolha e Mariana Soares. Trompete: Alexandre Fulgêncio, Ana Amélia, António Quinzico, João Mário, Tiago Antunes, Vítor Pombinha e João Carlos.Tuba: Mauro Constantino, Celso Batista e Wilson Soares. Contra Baixo: Soraia. Trompa: Carla Pereira. Saxofone Soprano: Tiago Esgaio, Beatriz Galego, Ricardo Pombinha e Ricardo Santos. Saxofone Tenor: Paulo Constantino, Tiago Vigia, João Figueiredo, João Jerónimo e Joaquim Silvino. Trombones: Cristiano Cebola, Carlos Ferreira, Fábio Matias e Susana. Bombardino: Bruno Matias e Tânia Bulhões. Percussão: João Bexiga, António Anastácio, Elsio Batista, Abel Pequicho, Raquel e Duarte Veríssimo. Maestro: José Maria Pequicho.
Foto: Emilío de Jesus.



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