Tauromaquia: Na corrida do Sporting Clube de Portugal no passado dia 26

Rui Fernandes e António Ferrera triunfaram no Campo Pequeno


Reportagem de Bruno Paparrola e Joaquim José Paparrola


A Monumental Praça de Toiros do Campo Pequeno recebeu no passado dia 26 de Agosto, a grandiosa corrida de toiros mista comemorativa dos 105 anos do Sporting Clube de Portugal. O cartel foi composto pelos cavaleiros Rui Fernandes e Marcos Bastinhas, os matadores de toiros Victor Mendes e António Ferrera.
Pegaram três toiros os forcados amadores do Aposento da Moita, capitaneado pelo cabo Tiago Ribeiro.
Os toiros lidados nesta noite foram das ganadarias Passanha e Falé Filipe.
A primeira lide da noite esteve a cargo dos cavaleiros Rui Fernandes e Marcos Bastinhas, naquela que foi uma lide a duo onde demonstraram bom entendimento, tendo os dois cravado a preceito a ferragem da ordem.



Na lide a solo o cavaleiro Rui Fernandes esteve fenomenal, tendo executado uma lide de risco e de muita ligação com as bancadas, e que contou com um toiro muito colaborador que se dava bem ao engano.
Os seus maiores destaques vão para os três ferros curtos que cravou montando o seu cavalo craque da quadra de nome "Vivaldi", indo de frente e com uma batida ao piton com muita expressão abrindo de seguida o quarteio cravou de alto a baixo ferros que levantaram os aficionados dos seus assentos.
Para culminar a sua brilhante actuação cravou um muito bom ferro curto, depois de se ter adornado na preparação da sorte com o cavalo a fazer o balanceo.



Marcos Bastinhas teve uma actuação discreta, apesar da muita vontade que trazia para triunfar não teve toiro para essa situação acontecesse.
O cavaleiro de Elvas bem se esforçou para dar a volta a um toiro quase manso, que não invistia na hora da reunião, tendo Marcos Bastinhas se limitado a pôr o toiro em sorte para deixar a ferragem da ordem. Bem tentou animar as bancadas com um ferro "violino" e um par de bandarilhas, com este ultimo a ser cravado com o toiro completamente parado. Da próxima será melhor.



A segunda lide da noite pertenceu ao matador de toiros Victor Mendes, que começou bem a sua actuação no tércio de capote executando uma bonita série de "chicuelinas".
Na muleta bem tentou mas não conseguiu explanar o seu melhor toureio, devido a um toiro que tinha investidas algo bruscas e que dessa maneira não permitiu uma lide de triunfo ao matador de toiros que foi homenageado muito merecidamente antes do início da corrida, devido ao cumprimento dos seus trinta anos de alternativa.
Na sua segunda lide esteve uns furos acima, bem no capote desferindo lances de capote de valor.



Na muleta fez valer a sua longa experiência nas arenas, estando por cima do seu oponente tendo executado tandas de muito temple e profundidade.
Boa actuação a segunda do Maestro de Salvaterra de Magos, que foi acarinhado pelo público presente na Monumental lisboeta.



O quarto toureiro a actuar na arena do Campo Pequeno, foi o matador de toiros António Ferrera. Uma primeira lide bastante emotiva e de ligação ao público, perante um toiro bom de Falé Filipe que mostrou investir bem tanto no capote como na muleta, com os dois pitons. Nas bandarilhas esteve ao seu melhor nível, adornando-se, a partir para o toiro e a cravar com espectacularidades os pares de bandarilhas. Na muleta
esteve soberbo, diversificando os passes, chegando com muita força ao público.
No seu segundo manteve a toada, sempre ao seu melhor estilo conseguindo um triunfo popular, tendo saído em ombros pela Porta Grande, depois de ter dado quatro voltas à arena (duas na sua primeira lide e duas na sua segunda).
As pegas estiveram a cargo do grupo do Aposento da Moita, a primeira pega foi executada à segunda tentativa, com o forcado da cara a fechar-se bem à barbela. A segunda pega da noite foi consumada à primeira tentativa, tendo o forcado da cara se fechado à córnea.
A terceira e última pega da noite foi consumada à primeira tentativa, tendo o forcado executado boa pega à barbela

Comentários

  1. Bom trabalho jornalistico!!!Estás de parabéns pelo Blog!! Rita

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