Crónica 24 de Agosto Nazaré
Triunfo de João Moura Caetano e “ganas” de triunfo de
Gilberto Filipe marcaram corrida de 24 de Agosto na Nazaré.
Crónica: Bruno e Cristiano Paparrola (Quiebros e Chicuelinas)
Crónica: Bruno e Cristiano Paparrola (Quiebros e Chicuelinas)
A Praça de Toiros do Sitío da Nazaré, recebeu no passado dia
24 de Agosto a sua penúltima corrida de toiros da temporada 2019, com o cartel
a ser composto pelos cavaleiros: João Moura, Gilberto Filipe e João Moura
Caetano, pegaram os seis toiros da ganadaria Ascensão Vaz os grupos de forcados
amadores do Montijo, Tomar e Monforte.
Foi uma corrida de toiros onde houve bons momentos de
toureio, toiros a colaborarem o que culminou numa noite agradável proporcionada
ao público presente no tauródromo nazareno.
Abriu praça João Moura, e em que teve uma noite em que se mostrou
regular fazendo valer os atributos como lidador nato e a deixar a ferragem sem
grande comprometimento.
Gilberto Filipe regressava à arena da Nazaré seis temporadas
depois, entrando pela porta de substituição do rejoneador espanhol Andrés
Romero (colhido no dia 17 de Agosto com gravidade na localidade espanhola de El
Puerto de Santa María), mostrou-se em bom nível especialmente na parte final da
sua primeira lide montando o “Zigue-Zague” depois de numa fase inicial o toiro
não mostrar qualquer interesse no cavalo e no cavaleiro, Gilberto não desistiu
mediu-lhe bem os terrenos e apontou dois bons ferros curtos pisando terrenos de
compromisso.
Na sua segunda actuação atingiu o ponto alto com a cravagem
de dois excelentes ferros, deixando-se ver e entrando recto nos terrenos do
toiro, ao estribo e com o toiro a levantar a cara a deixar de alto abaixo dois
ferros que fizeram vibrar as bancadas.
Mas os grandes momentos da noite estiveram a cargo de João
Moura Caetano e em que o temple foi rei e senhor nas suas duas lides, bem de
saída bregando em redondo com o “Pidal” e nos curtos montado no “Campo
Pequeno”, deu um recital de toureio a cavalo com ritmo pausado fazendo as
coisas bem sempre ligado ao toiro apontando ferros de qualidade isto na sua
primeira lide.
Na seu segunda lide, a “receita” foi a mesma mas com um
intérprete diferente desta vez montando o cavalo “Baco”, optando por vezes ir a
passo para a sorte e ou então dando a primazia da investida, para com temple e
o morrilho do toiro debaixo do braço, cravar ferros com a marca da Casa
Caetano.
Noite muito positiva de João Moura Caetano na Nazaré.
No que diz respeito às pegas, foi mais uma noite de
exaltação e valor do forcado amador com grandes pegas e momentos de valentia,
naquela que é uma arte sem igual a de pegar toiros.
Pelo grupo do Montijo pegaram: Hélio Lopes fechando-se à
barbela à primeira tentativa e Ricardo Almeida numa pega segura à córnea à
primeira tentativa; pelos de Tomar pegaram o cabo Hélder Parker numa grande
pega à barbela à primeira tentativa aguentando os fortes derrotes do toiro e
Ricardo Silva à quinta tentativa e já com as ajudas carregadas a consumar a
pega e por Monforte foram caras João Falcão fechando-se bem à primeira
tentativa e Gonçalo Barreira à primeira tentativa.
Os toiros da ganadaria Ascensão Vaz à excepção dos dois
primeiros, colaboraram para que houvesse êxito artístico por parte dos
intervenientes o que levou a João Moura Caetano a chamar o maioral à arena para
uma merecida volta à arena concedida pela directora de corrida Ana Pimenta no
final da lide do último toiro da corrida.
Noite de “debute” na escrita tauromáquica de Cristiano
Paparrola que augura bom futuro nestas suas novas lides, contribuindo ele
também para a crónica desta corrida.
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