Artigo de Opinião: Triunfos e Triunfalismos


Artigo de Opinião: Bruno Paparrola - Quiebros e Chicuelinas


Os tempos de hoje são de grande conturbação à volta da arte que é a tauromaquia onde grupos radicais e denominados partidos políticos caídos de pára quedas na nossa sociedade que tentam por todas as formas tentar abolir esta arte que a mim e a nós aficionados nos diz muito, e ao qual temos de fazer frente numa grande união entre todos, mas temos também de incutir alguma cultura taurina nos jovens e nas pessoas que começam a ficar atraídas pela tauromaquia e não desvirtuar os conceitos que fazem da tauromaquia uma arte sem igual.

Desde logo começando pela própria comunicação social taurina que na minha opinião e onde me revejo, tem que ser isenta e exigente com aquilo que os artistas fazem nas praças de toiros espalhadas pelo país e não pactuar com as "aldrabices" que por vezes se passam nos ruedos só para agradar a certos toureiros, e por vezes não dão valor ao fundamental que é bom toureio a cavalo à portuguesa, neste caso falo nesta vertente do toureio que tem regras definidas desde a sua formação se bem que ao longo dos tempos em termos estéticos, o toiro de lide, a evolução do cavalo, veio dar à "luz" outros conceitos de toureio que feitos de uma forma verdadeira e correcta, transmitem a mesma emoção que a sorte de caras.

Defino a "sorte de caras" como uma linha imaginária entre cavaleiro e toiro por entre os pitóns deste último, o cavaleiro a arrancar a passo ou a galope deixando-se no cite "atacar" o toiro e no centro da sorte a abrir o quarteio para receber a investida do toiro ao estribo, rodando sobre o pitón e rematando a sorte da maneira que o cavaleiro entenda e não abrir quarteiros a "10 kms" do toiro para depois ainda por cima deixar ferros "pescados", a cilhas passadas ou à garupa.

Sendo certo que creio que é uma sorte que nem todos os toureiros conseguem executar, também por causa das condições de lide de toiros que lhes calham em sorte, por vezes apanhando pela frente toiros mansos que se refugiam em tábuas e que de lá não querem sair durante os 15 minutos que duram a lides a cavalo, ou até terem que ser toureados a curta distância.

Ou seja o que quero dizer é que tanto se batem palmas a quem executa a Sorte de Caras com grande verdade, como quem faz batidas ao pitón contrário completamente desmedidas e com falta de emoção e que depois querem ter o toiro debaixo do braço para deixar a ferragem e praticamente "penduram-se" para deixar o ferro, ou então "triunfarem" cravando ferros em sorte violino que só houve um toureiro que vi executar como deve ser, como era o caso do cavaleiro tauromáquico já retirado João Ribeiro Telles, e não direccionar o ferro ao ombro parecendo que está a atirar flechas.

É preciso uma reflexão sobre este tópicos que eu acabei de referir, se bem que quem se mete à frente de um toiro seja a cavalo ou a pé, tem que ter grande mérito, apenas me refiro às interpretações que devemos dar ao que é bem feito nos ruedos e ao que é mau feito e quem mesmo assim não consegue distinguir o que é  bem feito do que é mal feito.

Foto:D.R.

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