Crónica Nazaré 10 de Agosto
Crónica: - Bruno Paparrola (Quiebros e Chicuelinas)
A Praça de Toiros do Sítio da Nazaré recebeu no passado sábado dia 10 de Agosto, mais uma corrida de toiros na sua temporada 2019 desta vez que contou com uma singela homenagem da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, ao grande ídolo da afición nazarena como foi o caso do cavaleiro tauromáquico Joaquim Bastinhas.
Cartel com motivos de interesse composto por três cavaleiros, um já consagrado (Luís Rouxinol) e dois jovens da nova geração que lutam pelos lugares cimeiros do toureio a cavalo (João Moura Jr. e Marcos Bastinhas).
Lidaram-se toiros da ganadaria de Francisco Romão Tenório (no meu ponto de vista não justificava a volta à arena), ganadaria com encaste procedente Murube-Urquijo (encaste muito requisitado no rejoneio em Espanha, mas também com alguma clientela em Portugal), toiros com apresentação mas com pouca cara, com galope cadenciado atrás das montadas mas no momento de investir nas reuniões ou humilha suavemente, ou então leva o ferro e deixa-se estar, e onde alguns cavaleiros gostam de montar o seu espectáculo em função de cada cavalo que têm na sua quadra, por vezes deixando de os lidar e os momentos da reunião a serem executadas sortes com quarteios demasiado abertos e sem causarem impacto.
No meu entender a verdade do toureio está no toureio frontal e de verdade, com o cavaleiro a colocar-se recto por entre os pitóns dos toiros, a viajar com suavidade em direcção ao toiro, dando a espádua do cavalo ao toiro e só se desviando quando consentir a investida toiro ao estribo.
Os toiros foram desiguais de tipo, os da primeira parte com pouca mobilidade a levarem os ferros e a ficarem-se mas mesmo assim permitindo alguns momentos de temple e torería, destaco momentos importantes de Rouxinol, Moura Jr. e Marcos Bastinhas .
A segunda parte foi diferente, os cavaleiros puxaram dos galões para conseguir tributo por parte dos aficionados que praticamente lotaram a agora denominada Arena da Nazaré, em mais uma grande casa nesta temporada e que tem como consequência carteís bem montados e rematados pelo consultor tauromáquico para a Arena da Nazaré como é o caso de Rui Bento Vasques que voltou a colocar alguma qualidade e prestígio naquele tauródromo nazareno.
Luís Rouxinol brilhou no seu segundo da noite com palomino "Douro" com as suas grandes capacidades lidadoras, nos ladeios, na brega e na abordagem cingida na cravagem da ferragem da ordem , Moura Jr. no seu habitual galope a duas pistas e a deixar bandarilhas com batida ao pitón contrário bem medidas e com o morrilho bem debaixo do braço a deixar ferros de boa nota como foram também o caso das famosas "mourinas", com Moura Jr. a citar de costar viradas para o toiro e no momento da investida deste último a rodar e cravar a ao estribo cravar ferros de grande impacto.
Marcos Bastinhas em duas actuações pautadas pela ligação ao público e com "ganas" de triunfo, a explanar o toureio alegre e empolgante e que alcançou principalmente os seus melhores momentos montado no cavalo "Capa Negra", cavalo bastante expressivo e que templa muito bem as investidas dos toiros.
Encerrou as duas actuações com os seus já habituais expressivos pares de bandarilhas a duas mãos e colocaram em alvoroço as bancadas da arena nazarena.
Em relação à forcadagem, foi uma grande noite de exaltação ao forcado com os três grupos (Lisboa, Aposento da Chamusca e Coimbra)a efectuarem pegas de enorme qualidade e técnicamente perfeitas, que enfrentaram toiros que nem sequer tinham "boca aberta" de cansaço da lide a que foram sujeitos o que dificultou mais a execução das pegas.
Fotos: Joaquim José Paparrola (Quiebros e Chicuelinas
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| Luís Rouxinol |
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| João Moura Jr. |
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| Marcos Bastinhas |
Cartel com motivos de interesse composto por três cavaleiros, um já consagrado (Luís Rouxinol) e dois jovens da nova geração que lutam pelos lugares cimeiros do toureio a cavalo (João Moura Jr. e Marcos Bastinhas).
Lidaram-se toiros da ganadaria de Francisco Romão Tenório (no meu ponto de vista não justificava a volta à arena), ganadaria com encaste procedente Murube-Urquijo (encaste muito requisitado no rejoneio em Espanha, mas também com alguma clientela em Portugal), toiros com apresentação mas com pouca cara, com galope cadenciado atrás das montadas mas no momento de investir nas reuniões ou humilha suavemente, ou então leva o ferro e deixa-se estar, e onde alguns cavaleiros gostam de montar o seu espectáculo em função de cada cavalo que têm na sua quadra, por vezes deixando de os lidar e os momentos da reunião a serem executadas sortes com quarteios demasiado abertos e sem causarem impacto.
No meu entender a verdade do toureio está no toureio frontal e de verdade, com o cavaleiro a colocar-se recto por entre os pitóns dos toiros, a viajar com suavidade em direcção ao toiro, dando a espádua do cavalo ao toiro e só se desviando quando consentir a investida toiro ao estribo.
Os toiros foram desiguais de tipo, os da primeira parte com pouca mobilidade a levarem os ferros e a ficarem-se mas mesmo assim permitindo alguns momentos de temple e torería, destaco momentos importantes de Rouxinol, Moura Jr. e Marcos Bastinhas .
A segunda parte foi diferente, os cavaleiros puxaram dos galões para conseguir tributo por parte dos aficionados que praticamente lotaram a agora denominada Arena da Nazaré, em mais uma grande casa nesta temporada e que tem como consequência carteís bem montados e rematados pelo consultor tauromáquico para a Arena da Nazaré como é o caso de Rui Bento Vasques que voltou a colocar alguma qualidade e prestígio naquele tauródromo nazareno.
Luís Rouxinol brilhou no seu segundo da noite com palomino "Douro" com as suas grandes capacidades lidadoras, nos ladeios, na brega e na abordagem cingida na cravagem da ferragem da ordem , Moura Jr. no seu habitual galope a duas pistas e a deixar bandarilhas com batida ao pitón contrário bem medidas e com o morrilho bem debaixo do braço a deixar ferros de boa nota como foram também o caso das famosas "mourinas", com Moura Jr. a citar de costar viradas para o toiro e no momento da investida deste último a rodar e cravar a ao estribo cravar ferros de grande impacto.
Marcos Bastinhas em duas actuações pautadas pela ligação ao público e com "ganas" de triunfo, a explanar o toureio alegre e empolgante e que alcançou principalmente os seus melhores momentos montado no cavalo "Capa Negra", cavalo bastante expressivo e que templa muito bem as investidas dos toiros.
Encerrou as duas actuações com os seus já habituais expressivos pares de bandarilhas a duas mãos e colocaram em alvoroço as bancadas da arena nazarena.
Em relação à forcadagem, foi uma grande noite de exaltação ao forcado com os três grupos (Lisboa, Aposento da Chamusca e Coimbra)a efectuarem pegas de enorme qualidade e técnicamente perfeitas, que enfrentaram toiros que nem sequer tinham "boca aberta" de cansaço da lide a que foram sujeitos o que dificultou mais a execução das pegas.
Fotos: Joaquim José Paparrola (Quiebros e Chicuelinas
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