Triunfo de Pablo Hermoso de Mendoza no seu regresso à Monumental Praça de Toiros do Campo Pequeno.

Reportagem de Joaquim José Paparrola. Realizou-se na passa quinta-feira dia 17 de Maio no Campo Pequeno, uma grandiosa corrida de toiros que teve como grande atrativo o regresso do rejoneador navarro Pablo Hermoso de Mendoza às arenas portuguesas . Com um cartel composto pelos cavaleiros António Ribeiro Telles, Pablo Hermoso de Mendoza , e Manuel Telles Bastos, e pelos grupos de forcados amadores de Évora e Aposento da Moita, respectivamente comandados pelos cabos António Alfacinha e Tiago Ribeiro. Com um curro de Toiros da ganadaria portuguesa de Vinhas, e perante um boa moldura humana, abriu praça o cavaleiro da Torrinha com mais antiguidade na dinastia Telles que teima em manter o seu toureio clássico e frontal desde à muito. António lidou a gosto um exemplar “Lisongero” que não foi de grandes investidas, o exemplar prometeu muito e mostrou pouco, chegando mesmo a não criar grandes momentos para o triunfo do cavaleiro da maneira que este gostaria, mesmo assim, Telles conseguiu chegar com força às bancadas com a aficíon reconhecer o mérito e a vontade do cavaleiro em sair por cima. A primeira pega da noite ficou a cargo dos forcados de Évora que pegaram á primeira tentativa, á córnea. A segunda lide ficou a cargo do espanhol Pablo Hermoso que lidou o “Tabacuero”, tendo o rejoneador incendiado as bancadas de emoção do Campo Pequeno com a sua arte e o seu toureio desconcertante num misto de toureio de verdade com alguma espetacularidade. Permitiu dois toques na montada na cravagem dos ferros compridos, mas a partir dai foi um espectáculo dentro de outro, foi sem dúvida uma actuação de encher o olho aos aficionados. Os amadores do Aposento da Moita pegaram á segunda tentativa á barbela, na segunda pega da noite. Manuel Telles Bastos foi o terceiro cavaleiro a actuar, saiu-lhe em sorte um exemplar que de bravo tinha pouco, começou com um comprido algo descaído, tendo depois o jovem Telles sacado do toiro o que havia para tirar, de referir as boas notas nos ferros curtos. A terceira pega da corrida ficou a cargo dos rapazes de Évora que pegaram á quarta tentativa. No seu segundo da noite António Ribeiro Telles
, teve de novo um exemplar que não mostrou nada de interessante (bravura onde estava?) e que o cavaleiro bem precisava para brilhar, valeu no entanto a classe do cavaleiro da torrinha, que com uns ferros curtos de boa nota lá conseguiu disfarçar a mansidão do “Peñarrubio”. De realçar que Telles optou e muito bem por não volta á arena, demostrando respeito pelos aficionados, o que hoje em dia é muito raro nas praças. A quarta pega da corrida foi protagonizada pelos amadores do Aposento da Moita á primeira tentativa, uma tremenda pega de praça a praça. No quinto da noite, Pablo, teve pela frente o “Pontonero”, que investiu algo de início mas com o decorrer da lide foi perdendo fulgor. Valeu a insistência do espanhol, que terminou com uma sequência de três ferros de palmo de boa nota. Os amadores de Évora pegaram á 1ª tentativa sem grandes dificuldades. No último toiro da corrida de nome “Roupa suelta”, Manuel Telles Bastos, entrou com dois ferros compridos á tira de boa nota, tendo estado a preceito na ferragem curta, entregando-se de corpo e alma a esta lide. Na última pega da corrida mais uma tremenda intervenção a cargo dos amadores do Aposento da Moita. Fotos:Joaquim José Paparrola (Quiebros e Chicuelinas).

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