Paulo Jorge Ferreira: Líder do escalafón na Califórnia, Estados Unidos.





Entrevista do blog tauromáquico Quiebros e Chicuelinas, ao cavaleiro português radicado nos Estados Unidos Paulo Jorge Ferreira.

Entrevista de Bruno Paparrola.



QC – Que balanço faz da sua temporada?

PF- Faço um balanço positivo, pois foi uma temporada em que voltei a ser o cavaleiro que mais vezes actuou na Califórnia e isso comprova-se pelo escalafón Californiano, estreei mais um cavalo na minha quadra acho que não me posso queixar de nada, oxalá Deus continue na minha companhia e que reserve sempre temporadas deste nível para mim.

QC – Quais os melhores e piores momentos na sua temporada 2011?

PF- Os melhores momentos da temporada são todos aqueles que eu acordo de manhã para montar a cavalo e dou graças a Deus por ter saúde e poder fazer uma das coisas que mais gosto que é montar a cavalo, para mim é sempre o melhor momento da temporada dia após dia.
Piores momentos nesta temporada não me recordo, mas para mim um mau momento é quando não consigo alcançar um triunfo em praça ou quando sinto que as pessoas que estão na praça não estão a desfrutar do meu trabalho, isso realmente deixa-me em baixo pois eu tenho muito carinho e muitíssimo respeito pelo público e eles merecem tudo de bom, quando eles não estão contentes eu muito menos.

QC – Em relação à sua quadra de cavalos, algum se destacou como “craque”?

PF- Sabe graças a Deus tenho um quadra de cavalos bastante ampla e com a qual desfruto muito, posso lhe dizer que este ano saíram em praça a tourear comigo 10 cavalos diferentes, entre os quais estreei um com Ferro da Casa de Dr. Ortigão Costa um cavalo que penso que poderá ser um bom cavalo de toiros futuramente, mas não gosto de destacar nenhum cavalo em particular pois todos são bons para mim, todos me ajudam dentro de praça e a todos eles devo os meus triunfos e o sucesso que tenho conseguido aqui na Califórnia, por isso se tiver de destacar algum destaco todos...

QC- Como tem corrido a aventura pelos Estados Unidos?

PF- A aventura na Califórnia tem sido muitíssimo boa, muito enriquecedora e muitíssimo positiva. Primeiro que tudo vim encontrar pessoas extraordinárias, sérias que jamais encontrei por onde tenho passado, vê-se uma vontade nas pessoas aqui de querer ir mais à frente, querer fazer as coisas bem feitas e lutam por isso. A tauromaquia na Califórnia evoluiu estupendamente nos últimos anos, graças ao esforço desta comunidade Portuguesa aqui existente na sua maioria açorianos que têm paixão pela festa brava.
Daí eu achar que tem sido uma aventura super positiva pois quando se vê o interesse, há pessoas que têm mais vontade de ajudar e querer que as coisas andem cada vez mais para a frente.

QC – Os objectivos que tinha em mente foram cumpridos nesta temporada?

PF- Pode-se dizer que sim...Os meus objectivos passam por dar o meu melhor dia a dia, corrida a corrida e tentar fazer com que as pessoas que vão às corridas de toiros se dêem como satisfeitas quando se vêm embora da praça, acho que isso deve ser o principal objectivo de um toureiro, para mim esse é o meu maior triunfo e o meu maior troféu ao fim de cada corrida. As coisas este ano em termos tauromáquicos correram bem, voltei a repartir cartel com grandes figuras do toureio, o que me deixa sempre bastante alegre como foram os casos dos cavaleiros João Moura e Rui Salvador, mas também por poder voltar a tourear com colegas meus de Portugal por quem tenho muito carinho o Gilberto Filipe, Joana Andrade, José Prates, Miguel Moura e com o matador de toiros Luís Vital “Procuna”, foi uma temporada bastante agradável para mim.

QC – Visto que na próxima temporada comemora dez anos desde a sua alternativa na Póvoa de Varzim, poderá vir até Portugal para tourear numa corrida comemorativa desse mesmo aniversário na Praça de Toiros da “sua” Azambuja?

PF- Pois realmente é verdade, o tempo passa muito rápido para o ano já são 10 anos de alternativa. Muito sinceramente não sei que se irá passar para o ano realmente adorava era poder regressar à praça da minha terra que tanto adoro e de quem tantas saudades tenho. Fala -se na possibilidade de ir a Portugal realizar umas corridas mas isso a seu tempo se irá saber mas seja como for Azambuja tem uma praça de touros nova, eu também sou novo e se não for agora irei regressar um dia nem que seja para agradecer ao povo da minha terra todo o carinho que me deu e continua a dar ao longo desta minha carreira.


Fotos:D.R.

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