Mas afinal a tauromaquia não é universal!


Desde menino que aprendi a gostar de corridas de toiros (Touradas), é algo que no inicio ou se gosta ou se repugna. Quis o destino que eu continuasse a gostar de ver a “Festa Brava”, e respeitando a opinião dos anti-taurinos, cada um gosta dos seus ideais, ou não temos esse direito! Pareçe que agora quem tem a culpa da treta da sociedade em que vivemos, são os aficionados das touradas e os artistas intervenientes das mesmas, onde se incluem milhares e sublinho MILHARES de seres humanos que vivem o seu dia-a-dia nos campos e montes de norte a sul de Portugal e Arquipélago dos Açores, trabalhando, cuidando e sobrevivendo da criação de cavalos e toiros, que fazem parte do nosso sustento alimentar (toiro), ou será que os anti taurinos, só comem pão com manteiga! Deixaram de comer bifes da alcatra? Não me pareçe, mas pronto, isto já me abriu ainda mais o apetite para escrever. Matam-se pessoas por dá cá esta palha, tiram-se vidas inocentes, fazem-se sofrer seres humanos por negligência dos experts politicos e não só, e atiram com as albardas para cima de uma tradição (touradas) que vêm desde o tempo da nossa monarquia, inclusivé certos reis gostavam de tourear. Meus senhores o toiro é um animal bravo e nobre, é criado nos campos com o intuito de se reproduzir, para serem lidados com a honra que merecem nas arenas e de servir para alimentar muita gente. Também vos digo se os bifes de (Vaca, Novilho e Toiro), tivessem espinhas, assim tipo safio, os anti-taurinos viravam-se para as costoletas de porco. Um dia destes numa conversa acesa com um colega na cidade do Seixal onde resido actualmente, e sobre as touradas, sendo esse humano contra as mesmas, disse-me “é uma injustiça picar o toiro, porque o toiro sofre, porque é uma luta desigual porque é anti- ético fazer uma barbaridade destas a um animal” deixei o moço falar, estava tão preocupado com o sofrimento dos toiros que não se lembrou que no fim-de-semana que estava a chegar, o mesmo colega iria para os campos Alentejanos caçar coelhos e javalis. Ora vamos lá focar esta situação, então este jovem não gosta de ver picar os toiros, e vai matar coelhos e javalis, mas só está a favor do animal TOIRO, claro está que levou nas orelhas e ficou sem argumentos para os exgrimir com a minha pessoa, é uma hipócrisia tremenda certos pontos de vista de alguns anti-taurinos, sabem uma coisa não falo mais sobre a oposição, estou a ficar com fome, e como estou de dieta deixo a azia para quem tem Compensan.
Relembro com saudosismo as grandes tardes de toiros e cito tardes, na praça do Sitio da Nazaré. As corridas na maioria das vezes eram às de momento não me elucida 17 horas (5 da tarde), casas cheias (porque seria?), uma hora e meia antes de se iniciar as corridas, já o tauródramo nazareno estava repleto de emoções e as bancadas lotadas, decorria o fim dos anos 70 principio dos anos 80. Ouvia-se no exterior da praça os vários bilheteiros a apregoar“ é para o Sol e Sombra”, (que saudades de ver corridas de toiros em pleno dia), enquanto eu já algo ansioso comia pevides e tremoços para acalmar a ansiedade e sabem porquê? Eu conto, é que iam tourear, cavaleiros como, José Mestre Baptista, (para mim o maior), José João Zoio, Luis Miguel da Veiga, Emidio Pinto, Varela Crujo, David Ribeiro Telles, Gustavo Zenkl, José Samuel Lupi, Frederico Cunha, Manuel Jorge de Oliveira, Paulo Caetano, Rui Salvador, Joaquim Bastinhas, João Salgueiro e muitos outros que a memória de momento não me elucida. Os espanhóís e cito espanhóis rejoneadores Álvaro Domecq e Paco Ojeda, destes últimos a propósito desenvolverei mais á frente de um tema que mereçe ser relatado. Relembro ainda os grandes manos a mano entre os matadores de toiros, Ricardo Chibanga e Mário Coelho que incendiavam de classe e arrojo as bancadas das praças de toiros.

Ainda em relação aos espanhóis e embora eu seja um aficionado de longa data pois sempre comprei bilhetes para assistir às corridas, só mais recentemente e em trabalho para o jornal Região da Nazaré onde excerço actividade, tenho tido a possibilidade de viver mais de perto (teia) as emoções que nos são transmitidas pelos intervenientes da Festa Brava, já reparei que em alguns sectores, fartam-se de cortar na casa uns dos outros, mas pronto é como que em qualquer actividade dirão uns, outros nem por isso. A imprensa tauromáquica portuguesa e pelo que me é dado a ler em revistas e jornais da aficion tem tendências na maioria dos seus artigos para não dar valor aos rojeonadores espanhóis e matadores de toiros, é algo que eu não entendo, temos bons valores em Portugal é a mais pura realidade, mas não dar valor aos “nuestros hermanos” é de uma arrogânçia sem limites. Quando pensei em criar este blog “Quiebros e Chicuelinas” em conjunto com o meu filho, sabiamos que não se iria agradar a muita boa gente, mas também era de esperar que tivessemos a pouco e pouco uma aceitação por parte dos verdadeiros aficionados que não querem ler só artigos das corridas em Portugal, também gostam de saber o que se passa na tauromaquia a nivel mundial, e temos feito por tentar estar sempre na linha da frente, não queremos competições nem comparações com outros blogs, somos diferentes, por isso é que em três meses e meio temos a felicidade de ter recebido quase 1500 visitas, palavras para quê! Termino com esta citação “ A Tauromaquia não é universal!”

Parabéns e obrigado a todos os aficionados que visitam o nosso/vosso “ Quiebros e Chicuelinas”.

Não quero deixar passar a oportunidade de agradeçer ao principal responsavel pela manutenção actualizada do blog, e o grande dinamizador do mesmo o Bruno Paparrola, sem dúvida um excelente e isento aficionado.


Saudações Taurinas.

Um dos moderadores do Blog:

Joaquim José Paparrola

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