Noite de Triunfo para os três Toureiros




Caetano e Pinto continuam a mostrar credenciais e a reclamar mais oportunidades, Luís “Procuna” arrasa nas bandarilhas.

Bruno Paparrola * Realizou-se no passado sábado dia 11 de Setembro a última corrida de toiros da temporada 2010 na Praça de Toiros do Sítio da Nazaré. O cartel foi composto pelos cavaleiros Manuel Caetano (volta-volta), Duarte Pinto (volta-volta) e o matador de toiros Luís Vital “Procuna” (volta- volta em ombros).
Os grupos de forcados que actuaram foram os de Alcochete e de Caldas da Rainha.
Os seis toiros lidados fizeram parte de um concurso de ganadarias: Casa Prudêncio, António Silva (vencedor prémio Apresentação) , Manuel Veiga, Campos Peña (vencedor prémio Lide a Cavalo), Eng. Jorge Mendes e Herdeiros Infante da Câmara,
Abriu praça o cavaleiro Manuel Caetano, que teve uma lide de menos a mais, lidou um toiro que por vezes parecia algo desligado da lide, mas que no momento da sorte arrancava-se bem. Manuel começou bem com dois ferros compridos cravados a quiebro, nos curtos tirou partido da qualidade da sua montada, elegendo bem os terrenos para deixar a ferragem curta. O que não pôs o toiro, pôs o cavaleiro com toda a sua raça e ambição de triunfar. No seu segundo toiro Manuel Caetano andou a gosto, pôde exibir o seu próprio toureio feito de emoção, irreverência e de enorme entrega.
Manuel arriscou tudo, entrou em terrenos de compromisso, cravando a ferragem com batidas ao piton contrário, para puder sair com uma boa lide, finalizou a sua excelente actuação ao cravar um bom ferro “violino” que empolgou as bancadas bem compostas de aficionados. Cravou a ferragem tanto comprida como curta acertadamente.
Manuel Caetano que pelo aquilo que vem mostrando em corridas que vem actuando merecia mais oportunidades para poder mostrar o seu enorme valor.
O segundo toiro da noite foi lidado pelo cavaleiro Duarte Pinto, que vem ao longo dos tempos afirmando-se como figura da tauromaquia nacional.
Duarte Pinto teve uma lide onde esteve sempre ligado com o toiro, deu-lhe boa lide e mais uma vez mostrou o seu toureio frontal é do agrado dos aficionados.
Andou sempre por cima do seu oponente mostrando bom toureio e cravando a ferragem acertadamente. Na sua segunda lide manteve o nível da primeira, aproveitou bem a imensa bravura do toiro que lhe calhou em sorte, esteve correcto na eleição dos terrenos para deixar o toiro em sorte para a cravagem da ferragem comprida e curta. Duas excelentes actuações. O terceiro toiro da noite foi lidado pelo matador de toiros Luís Vital “Procuna”. No tércio de capote esteve soberbo com boas séries de “verónicas” e “chicuelinas”. Nas bandarilhas mostrou enorme categoria na cravagem dos pares de bandarilhas, de destacar o excelente “violino”, que cravou recreando-se de seguida com o toiro, pondo em êxtase o público presente na castiça praça nazarena.
No tércio de muleta executou belos derechazos, com o toiro a corresponde bem ao cite do “diestro” Moitense, que aproveitou bem a nobreza do seu primeiro toiro. Cumpriu na hora da simulação da “estocada”. No seu segundo toiro, no tércio de capote esteve bem, com uma bonita série de “verónicas”, nas bandarilhas continuou a mostrar porque idolatram Luís Vital “Procuna” como o “Rei das Bandarilhas”, cravando com acerto e emoção os pares de bandarilhas. No toureio de muleta, o toiro não correspondeu como tinha correspondido com os capotazos iniciais dados por Procuna, quase não investindo aquando do cite do matador de toiros Na simulação da estocada, esteve infeliz devido à pouca investida do toiro. No que diz respeito às pegas, a primeira esteve a cargo do forcado do grupo de Alcochete, Luís Saramago que consumou a pega à segunda tentativa fechando-se à córnea. A segunda pega da noite foi executada pelo forcado dos amadores de Caldas da Rainha, Óscar Carvalho, que executou pega fácil à córnea.
O terceiro toiro da noite foi pegado pelos forcados do grupo de Alcochete boa pega à barbela. A quarta e última estiveram a cargo do forcado Francisco Rebelo de Andrade do grupo de Caldas da Rainha, que efectuou excelente pega à barbela.
Em declarações exclusivas ao jornal Região da Nazaré, o cavaleiro Manuel Caetano referiu que “na primeira actuação o toiro era bastante bravo, foi um toiro bastante bom um daqueles onde se tem que pôr tudo para a lide sair bem. Acho que pus imensa verdade naquilo que fiz neste meu primeiro toiro, o segundo também era um toiro bom, como disse na outra reportagem, penso que o público saiu satisfeito, divertiram-se e emocionaram-se e acho que isso é o mais importante”.
O matador de toiros Luís Vital “Procuna” também falou em exclusivo para o nosso jornal “eu vinha há espera de mais por parte dos toiros, o meu primeiro toiro saiu bem no capote, transmitia muito e vinha com raça mas quando chegou à muleta começou a refugiar-se nas tábuas, no meu segundo toiro, no capote era um pouco reservado nas bandarilhas veio um bocadinho a mais e vinha sem alguma força, mas penso que dei toda a minha vontade e toda a minha entrega.”
Com Joaquim José Paparrola *

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